quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A procura da beleza perfeita! Será que ela existe?



Desde os primórdios da humanidade, a cultura é a essência da sociedade. O corpo constituiu-se como produto da cultura, uma vez que consiste no principal instrumento sobre o qual ela exerce grande influência, sendo também aquele que a produz. O melhor representante de cada época é o corpo humano, pois nele “estão inscritos todas as regras, todas as normas e todos os valores de uma sociedade específica” (Daolio, 1995: 39).

Atualmente, como o corpo é concebido pela sociedade e pela mídia? Quais são os padrões estabelecidos pela ditadura estética dos corpos? Quais os hábitos de consumo destinados a atingir a beleza perfeita? Diante desses questionamentos, percebemos que na sociedade capitalista há uma mercantilização do corpo, que é transformado numa mercadoria, submetendo-se à produtividade, padrões estéticos e ao consumismo, definindo uma disciplina social.
Os padrões de corpos são evidenciados principalmente pela mídia através de modelos de beleza distantes da grande maioria da população. A busca incessante pela perfeição estética difundida pela mídia, algo idealizada no cotidiano, gera obsessões, criando a corpolatria, ou seja, idolatria do corpo.
Para os homens, os músculos e a força significam virilidade, sucesso e felicidade. Entre as mulheres há uma supervalorização de cada detalhe, desde o cuidado com as unhas até a necessidade em mudar cirurgicamente alguma parte do corpo, que segundo a cultura vigente esteja fora de moda.


Portanto, devemos nos atentar sobre o que querem de nós hoje. A nossa cultura valoriza a felicidade e aceitação de si, ou quer gerar, cada vez mais, consumidores insatisfeitos com seus corpos e aparências, impondo novos padrões que serão eternamente inatingíveis?


A nossa saúde está em jogo! Nossa felicidade também! Diante das pressões sociais geradas pela corpolatria, como estamos construindo nosso destino? Precisamos refletir: O que será que podemos fazer para tentar não cair nessa armadilha? Em relação às crianças, considerando que elas também estão inseridas culturalmente, portanto, sofrem as reflexos da corpolatria, como devemos (pais e professores) nos portar diante das pressões sociais que difundem o corpo “perfeito”?



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